Consiste em considerar a sociedade como algo natural e as causas dos fenómenos sociais como “naturais”.
As explicações de tipo “naturalista” descrevem e interpretam o social a partir de aspectos e factores que consideram inerentes à natureza humana, à natureza de um povo, de uma raça, de cada um dos sexos ou de uma área geográfica.
O naturalismo é um obstáculo epistemológico, porque não permite encontrar a explicação correcta dos fenómenos sociais, desvirtuando, assim, o conhecimento científico.
A melhor maneira de proceder à ruptura epistemológica com o naturalismo é encontrar realidades opostas às suas explicações.
O INDIVIDUALISMO:
Tende a produzir um tipo de explicações do que se passa na sociedade como efeito, a nível colectivo, de factores que se apreendem ao nível do indivíduo e que se tomam como independentes dos contextos sociais em que os indivíduos participam.
O individualiszmo é uma forma de rejeição do determinismo social.
O individualismo é um obstáculo epistemológico, porque não permite encontrar a explicação correcta dos fenómenos sociais, desvirtuando, assim, o conhecimento científico
Para romper com as explicações de tipo individualista é necessário estabelecer tipologias e correlações entre os fenómenos sociais.
O ETNOCENTRISMO:
Corresponde a uma percepção da vida e da sociedade matriciada pela cultura do observador; faz da cultura do observador a norma ou a referência na análise de outras realidades sociais.
O etnocentrismo é um obstáculo epistemológico, porque as outras sociedades são observadas em função da nossa e porque é portador de preconceitos étnicos, racismo, xenofobia, chauvinismo que são manifestações de uma visão unilateral e deformada da realidade social.
A análise objectiva da realidade social exige que nos coloquemos numa perspectiva não etnocêntrica, abertos a novas formas de agir e de pensar, diferentes das nossas, mas igualmente boas, aceitáveis, certas, adequadas no contexto social em que se inscrevem.
O SENSO COMUM:
Ao observarmos os fenómenos sociais somos capazes de produzir imediatamente algumas explicações possíveis, porque também nós somos seres sociais com experiências de vida semelhantes (compreensão).
O CIENTISTA SOCIAL: OBSERVADOR/OBSERVADO:
Por este facto, é fácil ele deixar-se influenciar por situações que lhe são familiares, o que dificulta a objectividade. Por exemplo, o sociólogo tem uma família e, se é pai de família, é-lhe muito difícil não contaminar a sua investigação com a ideia que tem do seu papel.
Não dá para ler. Aparece em branco
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