sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Documento nº 2 - "Dossier Interactivo sobre Inovação e Desenvolvimento Organizacional"

Consultar: http://www.primus-dr.pt/di/term_index.php

Documento nº 1 - "Comportamento Individual. Teoria da Motivação" (Parte VI)




Documento nº 1 - "Comportamento Individual. Teoria da Motivação" (Parte V)
















Documento nº 1 - "Comportamento Individual. Teoria da Motivação" (Parte IV)
















Documento nº 1 - "Comportamento Individual. Teoria da Motivação" (Parte III)
















Documento nº 1 - "Comportamento Individual. Teoria da Motivação" (Parte II)
















Documento nº 1 - "Comportamento Individual. Teoria da Motivação" (Parte I)














































Mapa Síntese do Módulo P4 - "Processos Relacionais e Comportamento Profissional"

Com este módulo pretende-se que os alunos conheçam e contextualizem o processo de socialização, articulando-o com a integração socioprofissional. Também deverá ser sublinhado o papel das atitudes e da interacção grupal no desenvolvimento das capacidades relacionais e na prossecução de relações sociais mais satisfatórias e positivas.

Finalmente, com este módulo pretende-se que os alunos mobilizem conhecimentos que lhes permitam compreender que o conhecimento e o controlo do comportamento são fundamentais para o seu futuro desempenho profissional.


Âmbito dos Conteúdos:

Processo de socialização e atitudes:

Processo de socialização
Conceito e formação de atitudes
Importância das atitudes nas relações sociais


Relações interpessoais e interacção grupal:

As primeiras impressões, as expectativas e a percepção social:
Análise conceptual e Influência no estabelecimento das relações interpessoais.
Caracterização de grupo social e de interacção grupal
Integração num grupo social e motivação de pertença
Conceitos de conformismo e inconformismo social


Capacidades relacionais e desempenho profissional:


Competências pessoais, sociais e profissionais: Descrição e âmbito
Auto-motivação e desempenho de tarefas: Adaptação da pirâmide das necessidades de Maslow ao comportamento profissional
Desenvolvimento das capacidades relacionais e desempenho profissional



Situações de Aprendizagem:

Realizar exercícios de jogo de papéis para que o aluno consciencialize a importância das
primeiras impressões e da percepção social no estabelecimento de relações sociais mais
satisfatórias e positivas.

Módulo P4


Módulo P4 - Processos Relacionais
e
Comportamento Profissional

Documento nº 2 - "Sentir"

Sentir:

* Afectos, emoções e sentimentos

* O conceito de inteligência emocional e suas implicações nas relações interpessoais

* O auto-controlo e a autenticidade na expressividade facial / corporal

* As relações em contexto interpessoal e informal (cumplicidade, convivência, sociabilidade, …)

* As relações profissionais e formais (lidar com a crítica e com o elogio, a auto-confiança, a benevolência, a discordância, …)

* A empatia

* Estratégias para gestão de crenças e emoções inadequadas

Documento nº 1 - Síntese de "Inteligência Emocional" por Daniel Goleman

- Motivação Própria;
- Reconhecer as Emoções dos Outros;
- Gerir Relacionamentos.


Em Síntese:
Hoje em dia chegou-se à conclusão que cada vez mais as competências sociais se sobrepõem a um elevado percentil cognitivo. Como é óbvio não podemos separar as competências cognitivas das competências socio-afectivas (tal como Descartes gostaria...) mas, podemos valorizar umas ou outras. É precisamente o que se pretende com o Q.E., a valorização das competências sociais e afectivas em detrimento das competências cognitivas ou intelectuais, estamos assim a defender a perspectiva da importância da Inteligência Emocional no nosso dia-a-dia. Esta pode ser descrita como um conjunto de capacidades que certos indivíduos apresentam para se relacionarem com os outros, para se auto-controlarem, para superarem situações sociais conflituosas, entre, muitas outros aspectos do foro social e emocional.
Na nossa sociedade cada vez mais são valorizados os aspectos sociais do relacionamento interpessoal, as estratégias sociais, as redes sociais de influência em detrimento da intelectualização e do trabalho individualizado.


Emoções

Emoções

Documento nº 3 - "Aprendizagem e Memória"


Documento nº 2 - "Características da memória"

Consultar: Características da memória

Documento nº 1 - "A articulação aprendizagem-memória"

Aprendizagem e memória são processos indissociáveis na medida em que uma conduta só se considera aprendida se for retida, isto é, memorizada pelo sujeito; e só se pode reter o que foi adquirido ou aprendido. O próprio conceito de aprendizagem como mudança sistemática da conduta supõe implicitamente a memória como condição de conservação da resposta aprendida.


A memória e a aprendizagem são aspectos complementares do mesmo processo geral. Se não houvesse retenção dos resultados da prática anterior, cada tentativa de aprendizagem resultaria no mesmo comportamento da primeira. Não haveria aprendizagem sem os efeitos de "conservação" da experiência prévia. A aprendizagem diz respeito a modificações, presumivelmente nervosas, resultantes da experiência; memória é o termo que se aplica à persistência dessas modificações (...)
A lembrança de uma experiência pode ser insignificante, parcial ou completa. As variáveis que influem na retenção são, essencialmente, as mesmas que afectam a aquisição, de sorte que as coisas que facilitam a aprendizagem, também facilitam a retenção.
C. Telford, e J. Sawrey, Psychologie


Já todos dissemos, certamente, acerca de alguém: "É uma pessoa muito experiente!" Ter experiência é sinónimo de já ter aprendido muito e, portanto, estar apetrechado com saberes que permitem enfrentar com eficácia as novas situações que surgem. Sem memória, as aprendizagens teriam de estar constantemente a ser adquiridas, o que equivaleria a dizer que estávamos sempre no ponto zero. Não ter memória seria o mesmo que não ter aprendido nada.

A memória é o sustentáculo da vida humana, dado que o homem é um ser que evolui em função das constantes aprendizagens que faz. É a memória que faz com que as aprendizagens, ao serem conservadas, se constituam como plataformas de novas aprendizagens qualitativamente superiores.

Procure imaginar por um momento que não tem memória. As nossas lembranças operam com tanta ligeireza e automatismo que poucas pessoas ( ... ) tomam consciência da sua presença invasiva. No entanto, perceber, estar consciente, aprender, falar e resolver problemas, tudo isso requer aptidão para armazenar informações. A percepção e a consciência muitas vezes dependem de comparações entre o presente e o passado.

A aprendizagem exige a retenção de hábitos ou de novas informações. Para falar é preciso lembrar-se das palavras e de pelo menos algumas regras gramaticais. A solução de problemas baseia-se na retenção de cadeias de ideias. Mesmo as actividades geralmente consideradas não intelectuais, tais como mexericar ou lavar pratos, dependem da capacidade de recordar. De facto, quase tudo o que se faz depende da memória.


A memória é, portanto, o suporte essencial de todos os processos de aprendizagem e permite ao organismo manter continuadamente um sistema de referência da experiência vivida. E, no caso do homem, é o factor básico da capacidade de reconhecer a sua identidade como pessoa.


A memória é o processo cognitivo que nos permite ter acesso ao passado, estruturar o presente e projectarmo-nos no futuro.

Memória

Memória

Documento nº 1 - "A Inteligência" (Parte V)

Teoria das inteligências múltiplas, existem diferentes tipos de inteligência, como, a inteligência lógica- matemática, onde tem aptidão para raciocinar, formular e validar hipóteses; inteligência linguistica, tem aptidão verbal, mais as subtilezas de significado. Concretamente a linguagem verbal e escrita; inteligência espacial, aptidão para representar espaço, reconhecer ou até desenhar relações espaciais; inteligência musical, para cantar, tocar, compor uma musica; inteligência corporal- cinestésica, para controlar movimentos de forma adequada, como dançar, fazer atletismo; inteligência interpessoal, para compreender e responder adequadamente a outras pessoas e por fim, a inteligência intrapessoal, para se compreender a si próprio.
Factores de inteligência, são a hereditariedade, factores sociais, idade, expectativas. A inteligência está relacionada com a herança genética, a hereditariedade. Existe um contributo da hereditariedade no nível das capacidades intelectuais. Mas a hereditariedade está relacionada com os factores sociais, o meio sociocultural da família influencia o desenvolvimento da inteligência. As condições económicas, o nível de instrução dos pais, um ambiente estimulante ou até a sua profissão afectam o desenvolvimento das capacidades intelectuais das crianças. A idade è também um importante factor. Aos diferentes estádios correspondem diferentes expressões de inteligência. A inteligência manifesta-se de forma diversa segundo o desenvolvimento e a idade. Todos somos influenciados pelas expectativas, positivas ou negativas, sobretudo pelas pessoas mais chegadas como os pais, amigos, outros familiares. Tendemos a ajustarmo-nos às expectativas pelo facto de estas influenciarem o autoconceito, motivação para aprender, persistência na realização de tarefas.
Pensamento convergente è o mundo normal. È a existência de uma resposta ou conclusão que surge como única, o pensamento È orientado em direcção a essa resposta que è a melhor. È um pensamento dominado pela objectividade e pela lógica. Dirige-se para um ponto comum, para o mesmo fim.
Pensamento divergente, è um pensamento diferente, discordante, oposto. È totalmente diferente do habitual. Caracterizado por uma exploração mental de soluções várias e originais para um mesmo problema. uma pessoa que tem um pensamento divergente è uma pessoa artística e criativa.
A criatividade è uma forma especial de resolver problemas com elementos novos ou raramente usuais. Prefere a complexidade e a novidade, acentua valores teóricos e estéticos ao mesmo tempo. A criatividade apresenta três aspectos fundamentais, a fluidez, a flexibilidade e a originalidade. A fluidez consiste na capacidade de encontrar múltiplas soluções, espontaneidade. A flexibilidade, è a capacidade para mudar de estratégia na resolução de um problema, aptidão para várias coisas ou aplicações . A originalidade, caracteriza-se pelo encontro de novas formas para resolver problemas, tem haver com a singularidade, extravagância e a excentricidade, è a principal característica da criatividade. As pessoas criativas têm uma fluência de ideias imaginativas, uma flexibilidade que as torna capazes de aprenderem relações, não visíveis, existentes nos problemas.

Documento nº 1 - "A Inteligência" (Parte IV)

A inteligência possibilita a ultrapassagem de várias limitações, permitindo aos seres humanos falar, cultivar os campos, domesticar animais, construir cidades, produzir teorias que tornam o mundo mais compreensível. Justificou classificações que distinguiam de forma radical os normais dos anormais, os inteligentes dos menos inteligentes, justificando preconceitos que conduziram à exclusão de muitos seres humanos. A palavra inteligência tem origem no latim, e quer dizer compreensão, faculdade de compreender. A definição desta faculdade è bem mais difícil de enunciar do que a sua etimologia. Não há uma definição universal, o termo inteligência è utilizado com significados muito diversos, encontrando-se várias definições.
Inteligência prática, manifesta-se empiricamente pela invenção, fabrico e uso de objectos, estando na base de respostas concretas aos problemas do quotidiano. Revela-se ao nível da actividade concreta, manipulando os objectos. Recorre na resolução dos problemas, à capacidade de mobilização ou manipulação de representações perceptivas e às acções.
Inteligência social, manifesta-se na vida social e relacional e no resolver de problemas interpessoais, recorrendo à intuição. Está na base dos comportamentos de relação social.
Inteligência conceptual, também chamada de racional e abstracta, pressupõe o recurso da linguagem e de outros sistemas simbólicos. Manifesta-se nas capacidades de raciocínio, tomada de decisões, resolução de problemas e compreensão. Na capacidade simbólica e verbal.
Quociente de Inteligência ( QI), è usado pela primeira vez na Alemanha com Stern. O quociente de inteligência determina a relação entre a idade mental e a idade cronológica. Para calcular o QI, dividiu a idade mental, obtida numa bateria de testes, pela idade cronológica, multiplicando o resultado por 100.

Documento nº 1 - "A Inteligência" (Parte III)

A escala Métrica de Binet e Simon foi o primeiro instrumento a medir, através de testes, as capacidades mentais.
O quociente de Inteligência (QI) é a razão entre a idade mental (IM), avaliada pela aplicação de testes, e a idade cronológica (IC).

Limitações que se colocam à aplicação de testes de QI

São várias as limitações que se colocam à aplicação dos testes de inteligência:

A situação de avaliação é artificial podendo por isso afectar os resultados. Por outro lado, o estado do sujeito no momento em que realiza os testes pode afectar os resultados.

Os testes só avaliam determinadas aptidões e capacidades intelectuais. Sendo a inteligência uma faculdade tão complexa, multifacetada e abrangente, os testes só medem alguns dos seus aspectos.

A forma como os resultados dos testes são interpretados e utilizados podem conduzir a deturpações especialmente se se partir do pressuposto fornecem de forma objectiva o nível de inteligência de uma pessoa.
Os testes só podem ser aplicados aos indivíduos que se enquadram nas características da população para a qual foram construídos. Quando esta norma não é respeitada os resultados obtidos podem, por exemplo, prejudicar pessoas de origem e condição social mais baixa podendo provocar levar à discriminação. No passado os testes de inteligência não tinham em conta o contexto sociocultural dos indivíduos que os realizavam. Ao serem utilizados incorrectamente, de forma redutora e abusiva conduziram e justificaram a discriminação social e racial.

Documento nº 1 - "A Inteligência" (Parte II)

Guilford distinguiu pensamento convergente de pensamento divergente:
Pensamento convergente – é a existência de uma resposta ou conclusão que surge como única: o pensamento é orientado em direcção a essa resposta que surge como a melhor. É um pensamento dominado pela lógica e objectividade.
Pensamento divergente – é caracterizado por uma exploração mental de soluções várias, diferentes e originais para um mesmo problema.

A criatividade está intimamente ligada ao pensamento divergente pois é a capacidade que permite fazer algo de novo, lidar com uma situação de modo inédito e original.
Algumas características do pensamento criativo são:
1) A originalidade – produção de algo de novo, descoberta de novas soluções…
2) Fluidez – capacidade para imaginar e descobrir várias respostas para um problema;
3) Flexibilidade – permite um pensamento versátil, flexível e a mudança de estratégia na resolução de um problema.

A inteligência depende de vários factores:

Hereditariedade – há uma componente genética na determinação da inteligência de um indivíduo. Ainda que a informação hereditária não defina as capacidades intelectuais de uma pessoa, estabelece os limites de desenvolvimento e a expressão destas capacidades em interacção com o meio.

Meio Social – o meio social é um factor que influencia, estimulando ou dificultando, o desenvolvimento da inteligência. O meio, proporcionando condições para o desenvolvimento físico, psicológico e social, tem um papel decisivo no modo como a componente genética se manifestará. A família, a escola e o contexto social mais alargado podem favorecer ou dificultar o desenvolvimento da capacidade de ser inteligente. Assim, um meio que assegura as necessidades fundamentais e rico em estímulos facilita o desenvolvimento das capacidades intelectuais. Os factores sociais são determinantes na modelação do potencial genético que pode ser ou não desenvolvido.

Expectativas –
os indivíduos têm tendência a responder de acordo com as expectativas, positivas ou negativas, que são feitas pelas pessoas mais significativas: família, professores e amigos. Se as expectativas são negativas as capacidades intelectuais podem ser bloqueadas; se são positivas podem ser estimuladas. O que os outros esperam de um indivíduo influencia a sua auto-estima e motivação, o que se reflectirá na sua capacidade intelectual.

Documento nº 1 - "A Inteligência" (Parte II)

Guilford distinguiu pensamento convergente de pensamento divergente:
Pensamento convergente – é a existência de uma resposta ou conclusão que surge como única: o pensamento é orientado em direcção a essa resposta que surge como a melhor. É um pensamento dominado pela lógica e objectividade.
Pensamento divergente – é caracterizado por uma exploração mental de soluções várias, diferentes e originais para um mesmo problema.

A criatividade está intimamente ligada ao pensamento divergente pois é a capacidade que permite fazer algo de novo, lidar com uma situação de modo inédito e original.
Algumas características do pensamento criativo são:
1) A originalidade – produção de algo de novo, descoberta de novas soluções…
2) Fluidez – capacidade para imaginar e descobrir várias respostas para um problema;
3) Flexibilidade – permite um pensamento versátil, flexível e a mudança de estratégia na resolução de um problema.

A inteligência depende de vários factores:

Hereditariedade – há uma componente genética na determinação da inteligência de um indivíduo. Ainda que a informação hereditária não defina as capacidades intelectuais de uma pessoa, estabelece os limites de desenvolvimento e a expressão destas capacidades em interacção com o meio.

Meio Social – o meio social é um factor que influencia, estimulando ou dificultando, o desenvolvimento da inteligência. O meio, proporcionando condições para o desenvolvimento físico, psicológico e social, tem um papel decisivo no modo como a componente genética se manifestará. A família, a escola e o contexto social mais alargado podem favorecer ou dificultar o desenvolvimento da capacidade de ser inteligente. Assim, um meio que assegura as necessidades fundamentais e rico em estímulos facilita o desenvolvimento das capacidades intelectuais. Os factores sociais são determinantes na modelação do potencial genético que pode ser ou não desenvolvido.

Expectativas –
os indivíduos têm tendência a responder de acordo com as expectativas, positivas ou negativas, que são feitas pelas pessoas mais significativas: família, professores e amigos. Se as expectativas são negativas as capacidades intelectuais podem ser bloqueadas; se são positivas podem ser estimuladas. O que os outros esperam de um indivíduo influencia a sua auto-estima e motivação, o que se reflectirá na sua capacidade intelectual.

Documento nº 1 - "A Inteligência" (Parte II)

Guilford distinguiu pensamento convergente de pensamento divergente:
Pensamento convergente – é a existência de uma resposta ou conclusão que surge como única: o pensamento é orientado em direcção a essa resposta que surge como a melhor. É um pensamento dominado pela lógica e objectividade.
Pensamento divergente – é caracterizado por uma exploração mental de soluções várias, diferentes e originais para um mesmo problema.

A criatividade está intimamente ligada ao pensamento divergente pois é a capacidade que permite fazer algo de novo, lidar com uma situação de modo inédito e original.
Algumas características do pensamento criativo são:
1) A originalidade – produção de algo de novo, descoberta de novas soluções…
2) Fluidez – capacidade para imaginar e descobrir várias respostas para um problema;
3) Flexibilidade – permite um pensamento versátil, flexível e a mudança de estratégia na resolução de um problema.

A inteligência depende de vários factores:

Hereditariedade – há uma componente genética na determinação da inteligência de um indivíduo. Ainda que a informação hereditária não defina as capacidades intelectuais de uma pessoa, estabelece os limites de desenvolvimento e a expressão destas capacidades em interacção com o meio.

Meio Social – o meio social é um factor que influencia, estimulando ou dificultando, o desenvolvimento da inteligência. O meio, proporcionando condições para o desenvolvimento físico, psicológico e social, tem um papel decisivo no modo como a componente genética se manifestará. A família, a escola e o contexto social mais alargado podem favorecer ou dificultar o desenvolvimento da capacidade de ser inteligente. Assim, um meio que assegura as necessidades fundamentais e rico em estímulos facilita o desenvolvimento das capacidades intelectuais. Os factores sociais são determinantes na modelação do potencial genético que pode ser ou não desenvolvido.

Expectativas –
os indivíduos têm tendência a responder de acordo com as expectativas, positivas ou negativas, que são feitas pelas pessoas mais significativas: família, professores e amigos. Se as expectativas são negativas as capacidades intelectuais podem ser bloqueadas; se são positivas podem ser estimuladas. O que os outros esperam de um indivíduo influencia a sua auto-estima e motivação, o que se reflectirá na sua capacidade intelectual.

Documento nº 1 - "A Inteligência" (Parte I)

A palavra “inteligência” vem do latim inteliggentia, que significa “compreensão”, “faculdade de compreender”. A inteligência pode ser definida tendo em conta os seguintes traços: capacidade de adaptação a situações novas e resolução de problemas, capacidade de pensar abstractamente e capacidade aprender. Estas três capacidades são indissociáveis, complementares, nenhuma delas pode ser analisada de forma independente. Estão interligadas, constituindo diferentes tipos de inteligência. A inteligência é um sistema complexo.

Thorndike distinguiu três tipos de inteligência que interagem de forma constante a construtiva segundo o tipo de exigências a que estamos sujeitos.

Inteligência prática – tipo de inteligência que recorre a acções e representações perceptivas para resolver problemas. A inteligência prática permite resolver, de forma concreta, problemas práticos do quotidiano.

Inteligência social – tipo de inteligência que se manifesta na vida relacional e social e na resolução de problemas interpessoais, recorrendo predominantemente à intuição.

Inteligência conceptual ou abstracta – tipo de inteligência que se manifesta na capacidade de resolver problemas recorrendo à linguagem e a outros sistemas simbólicos. Manifesta-se em capacidades de compreensão, raciocínio, na resolução de problemas e tomadas de decisão.

Concepção factorial (Spearman) – defende a existência de uma inteligência geral (factor G) que estaria subjacente a todas as funções intelectuais, aos factores específicos – factores S.

Concepção multifactorial (Thurstone) – composta por vários factores, negando assim a existência de um inteligência geral.



Segundo Thurstone, a inteligência não é uma capacidade constituída por uma estrutura única: é composta por vários factores que designa por aptidões mentais primárias.
Visualização espacial – capacidade de visualizar e compreender formas e relações espaciais;
Rapidez perceptiva – capacidade para reconhecer rapidamente pormenores, semelhanças e diferenças entre objectos;
Compreensão verbal – capacidade para compreender as ideias expressas através de palavras;
Fluência verbal – capacidade para produzir e compreender rapidamente a linguagem oral e escrita;
Memória – capacidade para reter e recordar a informação;
Raciocínio – capacidade para resolver problemas lógicos;
Aptidão numérica – capacidade
para resolver problemas aritméticos, fazer cálculos.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Inteligência

Inteligência

"Processos Cognitivos, Emocionais e Motivacionais"

Consultar:

Mapa Síntese do Módulo P3 -"Processos Coginitivos, Emocionais e Motivacionais"

Este módulo tem como objectivo dar a conhecer ao aluno a importância dos processos cognitivos, emocionais e motivacionais no comportamento do ser humano. Entender como os processos da inteligência e das emoções se articulam e influenciam o nosso modo de agir (saber agir).


Âmbito dos Conteúdos

Processos cognitivos
As capacidades cognitivas do ser humano (atenção, percepção, aprendizagem, memória,...)
Pensamento e inteligência – análise conceptual e diferencial
A inteligência como uma entidade dinâmica que se constrói ao longo de toda a vida


Inteligência emocional e gestão das emoções
Processos emocionais
Conceito de inteligência emocional
Quociente de inteligência emocional e de gestão emocional
Estratégias de gestão das emoções

Processos motivacionais
Conceito de motivação
Ciclo motivacional
Frustração e conflito




Situações de Aprendizagem
Apresentar o conceito de inteligência emocional e reforçar a sua importância, recorrendo à participação activa dos alunos, na identificação de situações onde a inteligência e o controlo emocional são fundamentais (ex.: comportamento cívico na estrada).

Forrest Gump, de Robert Zemeckis, 1994.
Este filme retrata a vida de Forrest Gump que, embora com um QI abaixo da média, teve uma vida memorável, cheia de aventuras e conquistas. Com efeito, o seu baixo Q.I. não o impediu de viver e muito menos de chegar a investigador na Apple Computers.

Elephant, de Gus Van Sant, 2004. Holywood: Atalanta Filmes.
Este filme retrata as circunstâncias que antecederam e o momento em si, em que dois jovens americanos entraram na escola e assassinaram colegas e professores que se encontravam nas instalações da mesma. Apesar de ser violento trata a realidade social americana e a questão da gestão das emoções e da frustração.

O Bom Rebelde, de Gus Van Sant, 2000. Holywood: LNK / Miramax.
Este filme trata de um jovem extremamente inteligente, mas com algumas dificuldades a nível da inteligência emocional e de gestão emocional. Poderá ser útil para o desenvolvimento e debate acerca desta temática.

Módulo P3


Módulo P3 - "Processos Cognitivos, Emocionais e Motivacionais"

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Documento nº 9 - "As Crianças Selvagens"

"Será preciso admitir que os homens não são homens fora do ambiente social, visto que aquilo que consideramos ser próprio deles, como o riso ou o sorriso, jamais ilumina o rosto das crianças isoladas."


By: Lucien Malson, "Les Enfants Sauvages"



As crianças selvagens são crianças que cresceram com contacto humano mínimo, ou mesmo nenhum. Podem ter sido criadas por animais (frequentemente lobos) ou, de alguma maneira, terem sobrevivido sozinhas. Normalmente, são perdidas, roubadas ou abandonadas na infância e, depois, anos mais tarde, descobertas, capturadas e recolhidas entre os humanos.
Os casos que se conhecem de crianças selvagens revestem-se de grande interesse. Elas ensinam-nos o que seríamos sem os outros.
Em termos de linguagem, as crianças selvagens só conhecem a mímica e os sons animais. A sua capacidade para aprender uma língua no seu regresso à sociedade humana é muito variada. Algumas nunca aprendem a falar, outras aprendem algumas palavras, outras ainda aprenderam a falar correctamente o que provavelmente indica que tenham aprendido a falar antes do isolamento.
Não gostam, em geral, de usar roupa e alimentam-se, bebem e comem tal como um animal o faria. A maioria das crianças selvagens não gosta da companhia humana. Algumas crianças selvagens não mostram interesse algum noutras crianças da sua idade nem nos jogos que estas jogam. Procuram a companhia dos animais.
As crianças selvagens não se riem ou choram, apesar de poderem desenvolver alguma ligação afectiva. Muitas vezes, têm ataques de raiva podendo então exibir uma força particular e um comportamento selvagem. Algumas crianças têm ataques de ferocidade ocasionais, mordendo ou arranhando outros ou até eles mesmo.
Até hoje foram encontradas diversas crianças selvagens, na maioria criadas por lobos mas também por muitos outros animais. Por exemplo, as irmãs Amala e Kamala de Midnapore,
Isabel, a menina que vivia no galinheiro ou Gaspard Hauser de Nuremberga. O caso mais célebre é o de Victor de Aveyron com base no qual François Truffaut realizou um belíssimo filme.

Documento nº 8 - "Concepções sobre o Desenvolvimento" (Parte II)

Maturacionismo:
De facto, psicólogos como Gesell defendem uma perspectiva desenvolvimentista, mas acreditam que o desenvolvimento se deve fundamentalmente a processos internos de maturação do organismo. Gesell encabeça a defesa do modelo maturacionista e, numa perspectiva meramente descritiva, enuncia as características comportamentais motoras, específicas das crianças de diferentes idades. As diferenças observadas ao longo do desenvolvimento ocorreriam numa sequência geneticamente determinada, devendo muito pouco às influências ambientais externas.

Mecanicismo:
Os psicólogos behavioristas são adeptos de um modelo mecanicista. O organismo humano assemelha-se a uma máquina que reage passivamente às imposições do meio externo que determinam as suas progressivas modificações. São as aprendizagens que o indivíduo efectua no contacto com as situações ambientais que determinam as diferenças qualitativas que ocorrem nas reacções comportamentais ao longo da vida.

Em suma, psicólogos como Watson e Skinner fazendo "tábua rasa" dos processos maturacionais, negligenciam qualquer interferência de factores internos associados ao organismo. Reduzindo o comportamento ao binómio S → R, acreditam que as diferenças detectadas na evolução do indivíduo se devem exclusivamente às situações do meio. A este propósito recordemos a célebre convicção de Watson de ser capaz de fazer de qualquer criança saudável um adulto do tipo que entendesse.


Organicismo
Os psicólogos que defendem o modelo organicista assumem uma perspectiva interaccionista, considerando que o desenvolvimento é um processo dinâmico em que factores maturacionais, genéticos e da experiência externa se combinam no decorrer dos diferentes estádios por que o indivíduo passa ao longo da vida.

O modelo organicista realça o carácter adaptativo do processo de desenvolvimento dado considerar que, ao progredir na sequência dos estádios, o organismo dispõe de mecanismos psicológicos diferentes e qualitativamente superiores de intervenção no meio. Essas intervenções, por sua vez, contribuem para reorganizar os mecanismos psicológicos, fazendo com que o indivíduo fique melhor apetrechado para ajustar adequadamente os comportamentos às exigências do meio.

Documento nº 8 - "Concepções sobre o Desenvolvimento" (Parte I)

Quase todos os pais se espantam como foi possível que aquele "pedacinho de gente" com dois quilogramas e meio, incapaz de segurar a cabeça e olhar direito as pessoas, a mexer ao acaso as pernas e os braços e a emitir ruídos incompreensíveis e irritantes, se tivesse transformado, com o decorrer do tempo, em alguém capaz de falar, correr, ler, escrever, desenhar, atender o telefone, saber vestir-se, andar de bicicleta, fazer amigos, abraçar espontaneamente a avó e zangar-se quando o mandam para a cama ou lhe desligam o televisor.

Compreender as mudanças contínuas do ser humano operadas ao longo da vida e descobrir as razões dessas mudanças têm constituído um desafio para a psicologia, em especial para os psicólogos do desenvolvimento.


Desenvolvimento: conjunto das mudanças contínuas do ser humano ao longo da sua existência.

O conceito de desenvolvimento pressupõe uma sequência de alterações graduais que conduzem a uma maior complexidade no interior de um sistema ou organismo. Na evolução por que passa o indivíduo desenham-se estádios que seguem uma ordem praticamente imutável, mas o tempo de permanência em cada um deles varia conforme os indivíduos, pois que o ritmo de desenvolvimento de cada ser humano carece de uniformidade.

A psicologia do desenvolvimento é uma área especializada da psicologia que só amadureceu com o despertar do século xx. Até à contemporaneidade, era impossível o aparecimento desta área de investigação, em virtude dos estereótipos que se mantinham acerca do conceito de criança e da pouca importância que lhe era concedida.

Havia os que tinham uma visão negativa da infância, encarando a criança como uma espécie de selvagem quase sem humanidade, incluindo-a na mesma categoria em que mantinham os primitivos e os deficientes mentais.

Outros viam na infância uma idade em que a mente da criança funcionava como a do adulto. A diferença entre criança e adulto era apenas encarada em termos de crescimento e não de desenvolvimento. Por outras palavras, a criança, era tida como um adulto em miniatura. Não reconhecer o estatuto próprio da criança tinha reflexos negativos na educação familiar e escolar que lhe exigiam condutas muito próximas das do adulto, sem que ela pudesse comportar-se da forma pretendida.

O patamar das grandes mudanças quanto ao modo de encarar a criança radica no conceito de evolução apresentado por Charles Darwin. A teoria evolucionista de Darwin, estilhaçadora da fronteira intransponível entre animal e ser humano, abre caminho a uma nova perspectiva em psicologia genericamente apelidada de organicismo por oposição ao maturacionismo e mecanicismo.

Documento nº 7 - "O Desenvolvimento dos 12 aos 19 Anos"

DOS 12 AOS 15 ANOS

Desenvolvimento Físico
Com a entrada na adolescência, observa-se um aumento repentino em altura, peso e força;

As raparigas alcançam gradualmente a maturidade física e sexual, enquanto que os rapazes estão ainda a iniciar este processo de maturação;
Preocupação com a aparência.


Desenvolvimento Intelectual
Melhoria das capacidades de argumentação;
Melhoria das capacidades de raciocínio:
Capacidade de aplicar conceitos a exemplos específicos;
Aprende a raciocinar sobre problemas, mesmo na ausência de acontecimentos ou exemplos concretos;
Capacidade de construir soluções hipotéticas para um problema e de avaliar qual é a melhor;
Capacidades extraordinárias ao nível da memorização, bem como da reflexão.

Desenvolvimento Social
Os rapazes tendem a apresentar maior resistência a demonstrações de afecto;
Têm relações afectivas menos intensas com elementos do mesmo sexo; as raparigas tendem a manifestar maior interesse pelo sexo oposto do que os rapazes;
Pouca disponibilidade para o relacionamento com irmãos mais novos;


Desenvolvimento Emocional
Maior evitamento do contacto com os pais, por vezes sentidos pelo adolescente como muito restritivos;
Por vezes mostram-se ressentidos; direccionam verbalmente a sua raiva para a figura de autoridade;
Preocupação com o desempenho escolar, a aparência e a popularidade;
Maior introspecção.


Desenvolvimento Moral
Procura encontrar alternativas e tomar decisões sozinho;
Preocupa-se com o tratamento justo dos outros.


DOS 12 AOS 15 ANOS

Sinais de Alerta
Atrasos no desenvolvimento físico e sexual;
Depressão;
Tentativas de suicídio;
Sensação de isolamento;
Solidão;
Impulsividade;
Negação dos sentimentos;
Fantasia como fuga aos problemas;
Higiene descuidada;
Abuso de substâncias;
Anorexia nervosa; bulimia; obesidade;
Pequenos furtos;
Grande necessidade de pregar mentiras;
Insónias;
Absentismo escolar;
Pouca autonomia e grande dificuldade em tomar decisões;
Sono:
Dificuldade em adormecer sozinho.

DOS 16 AOS 19 ANOS

Desenvolvimento Físico

A maturação física está completa; as características físicas encontram-se já definidas;

Desenvolvimento Intelectual
Grande preocupação acerca do futuro;
Começa a integrar conhecimentos que lhe permitirão tomar decisões acerca do futuro.

Desenvolvimento Social
As relações com os pais são desde amigáveis a hostis;
Tendência para ter muitos amigos e poucos confidentes;
Pode investir fortemente numa única relação.

Desenvolvimento Emocional
Preocupa-se com a possibilidade de falhar;
Pode manifestar flutuações de humor, isolamento, impulsividade, "auto-centração";
Apresenta sentimentos ambivalentes relativamente às questões da dependência/independência.

Desenvolvimento Moral
Vive sentimentos de frustração, raiva, arrependimento e isolamento;
Poderá manifestar desapontamento acerca das diferenças entre os valores estabelecidos e os comportamentos da família e amigos.



DOS 16 AOS 19 ANOS


Sinais de Alerta
Depressão;
Tentativas de suicídio;
Sensação de isolamento;
Solidão;
Timidez:
Muita dificuldade em falar em público;
Grande resistência a tratar de assuntos que envolvam estranhos;
Grande inibição quando na presença de estranhos;
Pouca autonomia e grande dificuldade em tomar decisões;
Ansiedade exagerada;
Impulsividade;
Negação dos sentimentos;
Fantasia como fuga aos problemas;
Higiene descuidada;
Abuso de substâncias;
Anorexia nervosa; bulimia; obesidade;
Pequenos furtos;
Grande necessidade de pregar mentiras;
Psicose;
Absentismo escolar;
Sono:
Dificuldade em adormecer sozinho;
Insónias.

Documento nº 6 - "O Desenvolvimento do Ser Humano Segundo a Psicologia"

Desenvolvimento - Conjunto de transformações do ser humano ao longo da sua vida.

Refere-se ao conjunto de transformações do ser humano ao longo da sua vida. É um processo que se inicia no momento da concepção e termina com a sua morte, e em que estão envolvidos múltiplos factores: biológicos, cognitivos, motores, morais, emocionais, linguísticos…

Psicologia do desenvolvimento
Descreve e explica as transformações quantitativas e qualitativas que vão ocorrendo nos indivíduos.
As transformações quantitativas dizem respeito ao crescimento físico.
As qualitativas referem-se aos aspectos afectivos e intelectuais da personalidade.


Componente do inato (transmissão genética e hereditariedade): o biológico

HEREDITARIEDADE/INATO

É a totalidade das características transmitidas pelos pais à sua descendência, através dos genes.

Ex. Transmissão genética da cor dos olhos

Ex. Transmissão de doenças


Componente do adquirido (meio): o social


MEIO/ADQUIRIDO

O Desenvolvimento do ser humano deve-se também à influência do meio.

Ex. Como se explica o aumento da estatura verificado na população actual? Deve-se principalmente à melhoria das condições de vida, incluindo alimentação, higiene, assistência médica e outras.
Ex. A capacidade musical. Tem havido casos de famílias como a de J. Sebastião Bach, em que o "dom" musical surge em pessoas de várias gerações.

As diferenças entre os seres humanos devem ser explicadas, não só em termos genéticos, mas fundamentalmente em termos sociais/culturais. Devemos considerar os dois factores como imensamente importantes e cada um contribui para a formação do indivíduo.
É de concluir que o ser humano é o resultado de características hereditárias mas também pelo meio, ou ambiente social em que se insere.
É impossível separar hereditariedade e meio. Ambos são importantes no desenvolvimento do ser humano.

Documento nº 5 - "A Adolescência"

A adolescência é uma extraordinária etapa na vida de todas as pessoas. É nela que a pessoa descobre a sua identidade e define a sua personalidade. Nesse processo, manifesta-se uma crise, na qual se reformulam os valores adquiridos na infância e se assimilam numa nova estrutura mais madura.
A adolescência é uma época de imaturidade em busca de maturidade. Vejamos, pois, em que consiste a adolescência e o que é a maturidade; quais são as mudanças que os adolescentes costumam sofrer, bem como as fases pelas quais vão passando, para podermos ter atitudes positivas que favoreçam a superação dessa crise.
A adolescência é este período no qual uma criança se transforma em adulto. Não se trata apenas de uma mudança na altura e no peso, nas capacidades mentais e na força física, mas, também, de uma grande mudança na forma de ser, de uma evolução da personalidade.

ALTERAÇÕES QUE SUCEDEM NAS DIFERENTES ETAPAS DA ADOLESCÊNCIA:

A puberdade (11 a 14 anos):
Nasce a intimidade (o despertar do próprio "eu").
Crise de crescimento físico, psíquico e maturação sexual.
Não há ainda consciência daquilo que se está a passar.
Conhece pela primeira vez as suas limitações e fraquezas, e sente-se indefeso perante elas.
Desequilíbrio nas emoções, que se reflecte na sensibilidade exagerada e na irritabilidade de carácter.
"Não sintoniza" com o mundo dos adultos.
Refugia-se no isolamento ou no grupo de companheiros de estudo, ou integra-se num grupo de amigos.

A adolescência média (13 a 17 anos):
Do despertar do "eu" passa-se à descoberta consciente do "eu", ou da própria intimidade. A introversão tem agora lugar, pois o adolescente médio precisa de viver dentro de si mesmo.
Aparece a necessidade de amar. Costumam ter imensas amizades. Surge o "primeiro amor".
A timidez é característica desta fase. Medo da opinião alheia, motivado pela desconfiança em si mesmo e nos outros.
Conflito interior ou da personalidade.
Comportamentos negativos, de inconformismo e agressividade para com os outros. Causados pela frustração de não poderem valer-se por si mesmos.

A adolescência superior (16 a 22 anos):
Começa a compreender-se e a encontrar-se a si mesmo e sente melhor a integração no mundo onde vive.
Apresenta um significativo progresso na superação da timidez.
É mais sereno na sua conduta. Mostra-se menos vulnerável às dificuldades.
Tem maior auto domínio.
É a época de tomar decisões: futuro, estudos...
Começa a projectar a sua vida.
Estabelece relações mais pessoais e profundas.

Documento nº 4 - "A Família e o Desenvolvimento Humano"

A família tem um papel decisivo no processo de socialização, isto é, no processo de integração do indivíduo na sociedade. É neste grupo que a criança aprende os comportamentos, valores, normas e atitudes vigentes numa dada sociedade. A família tem, portanto, um papel fundamental como agente de socialização, ao dotar a criança de todo um conjunto de conhecimentos e comportamentos que lhe permitirão dar respostas adequadas às situações sociais.
A relação mãe-bebé tem um papel muito importante no processo de socialização. É esta díade mãe-bebé que vai permitir que a criança adapte o seu comportamento ao meio envolvente e aos outros: “esta relação tem uma função adaptativa, quer favorecendo a sobrevivência da espécie, quer proporcionando segurança emocional”.
É através da interacção mãe-bebé que a criança aprende a atribuir significados aos comportamentos dos outros e às situações. As características desta relação precoce entre a mãe e o bebé, vão ter uma grande influência no desenvolvimento futuro da criança: na sua personalidade, auto-estima, confiança em si própria, na forma como se relacionará com os outros e o modo como encarará as situações. Freud e Erikson consideraram muito importante esta relação no processo de desenvolvimento humano. Estudos etológicos revelaram que a necessidade de contacto corporal e proximidade física são mais importantes que a necessidade de alimentação. Esta necessidade de agarrar, de estar junto à mãe denomina-se de contacto do conforto.
Segundo Bowlby, a necessidade de vinculação (apego, attachement), isto é, a necessidade de estabelecimento de contacto e de laços emocionais entre o bebé e a mãe e outras pessoas próximas é um fenómeno biologicamente determinado.
A carência afectiva materna tem repercussões que acarretam perturbações físicas, afectivas ou mentais durante esse período ou na vida futura, como o hospitalismo por exemplo.

Documento nº 3 - "Erikson e o Desenvolvimento"

Para Erikson Freud não teve em conta as interacções entre o indivíduo e o meio na sua concepção de desenvolvimento.
Erikson propõe que o desenvolvimento ocorre ao longo de toda a vida e é influenciado pelas características dos contextos sociais em que o indivíduo está inserido. Na sociedade, existem oito tarefas( 8 estádios psicossociais) com as quais as pessoas têm de lidar em todos os estádios do seu desenvolvimento. No entanto, em cada estádio, há um predomínio de uma tarefa, que assume a forma de um conflito ou crise (psicossocial) entre duas dimensões (uma positiva e uma negativa), induzido pela interacção entre as exigências da sociedade e as características do indivíduo. Neste momento de crise o indivíduo cresce psicologicamente e a forma como resolveu os diversos conflitos vai afectar a forma como lida com eles no presente e no futuro.

Documento nº 2 - "Freud e o Desenvolvimento"

O desenvolvimento da personalidade é explicado por Freud pela evolução da forma como a pessoa procura obter prazer – a sexualidade –, que na infância (sexualidade infantil) é sobretudo auto-erótica (dirigida a si mesma), e só a partir da adolescência passa a ser essencialmente voltada para os outros. Esta evolução permite definir estádios de desenvolvimento psicossexual, que se caracterizam por mudanças da zona erógena e por conflitos entre a busca de prazer a realidade que o limita, que vão condicionar a criação de estruturas do aparelho psíquico (instâncias) e a relação dinâmica entre elas.
Freud propôs duas tópicas (teorias sobre a constituição do aparelho psíquico):
1ª Tópica: Inconsciente, Subconsciente e Consciente;
2ª Tópica: Superego (Supereu - normas sociais interiorizadas), Id (Infra-eu – fonte de pulsões) e Ego (Eu – mediador entre as pressões do Superego e do Id.)

Documento nº 1 - "Desenvolvimento" (Parte II)

Adolescência:

Pode definir-se adolescência como o período em que se inicia a puberdade (cerca dos 11/13 anos) e vai até à idade adulta. É um processo dinâmico de passagem entre a infância e a idade adulta, isto é, em que o sujeito constrói a sua identidade e autonomia, desenvolve projectos de vida e se insere na sociedade. A adolescência caracteriza-se por um conjunto de transformações: fisiológicas, intelectuais, afectivas e sociomorais.
1. Transformações fisiológicas – é um período em que ocorre um rápido crescimento orgânico, resultante do funcionamento das glândulas sexuais. Desenvolve-se todo um conjunto de características sexuais secundárias que distinguem o rapaz e a rapariga;
2. Transformações intelectuais – graças ao pensamento formal, à capacidade de reflexão e abstracção, o adolescente pensa a partir de hipóteses (raciocínio hipotético-dedutivo), desenvolve novas capacidades de avaliação dos outros e de si próprio (egocentrismo intelectual – o adolescente sente-se o centro e as suas teorias sobre o mundo aparecem como as únicas correctas).
3. Transformações sociomorais – o jovem vai interessar-se por problemas éticos e ideológicos, discutindo valores e princípios.
4. Transformações afectivas – as relações preferenciais alteram-se, com o grupo de pares a ter uma grande importância no processo de procura de identidade. A construção da autonomia leva o adolescente a alterar a relação com os pais e adultos que lhe serviram de modelos durante a infância. Na procura de autonomia e na construção da identidade, reorganiza a imagem de si próprio, explorando e assumindo novos papéis.



Construção da identidade:
A formação da identidade, é, segundo Erikson, a tarefa fundamental da adolescência. É neste período que se constrói de forma própria e pessoal de estar no mundo, sendo diferentes as formas de procura de identidade – busca do papel sexual, da profissão, de realizações pessoais.
Este processo de autonomia passa pela substituição dos modelos parentais pelo dos grupos de pares (agora centro das relações sociais procurando aí identificação positiva e respostas para as suas dúvidas e incertezas). Este processo de identificação/diferenciação é vivenciado de forma contraditória através de atitudes de conformismo (face aos pares) e/ou rebeldia (face à família).


Moratória:
É um período de pausa, de experimentação de vários papéis sociais. Nesta fase de experimentação em que o jovem procura os papéis de adulto que melhor se adequam a si próprio sem os assumir definitivamente.

Documento nº 1 - "Desenvolvimento" (Parte I)

Conceito de desenvolvimento:

O desenvolvimento é um conceito que se refere ao conjunto de transformações do ser humano ao longo de toda a sua vida. É um processo complexo que se inicia no momento da concepção e termina com a morte, e em que estão envolvidos múltiplos factores: biológicos, cognitivos, motores, morais, emocionais, afectivos, sociais…
O desenvolvimento acontece porque o ser humano é um sistema aberto, está em constante interacção dinâmica com o meio ambiente. Hoje considera-se errada a oposição estanque entre o biológico e o social pois a dinâmica entre o organismo e o meio é uma realidade – o indivíduo é uma unidade biopsicosocial (as capacidades biológicas precisam de um meio onde se possam realizar; a estrutura psicológica dá-lhes significado). O desenvolvimento é uma adaptação progressiva do ser humano ao meio natural e social e é integrativo porque as aquisições anteriores são incorporadas nos estádios seguintes. O sujeito tem um papel activo no seu próprio desenvolvimento.
Piaget e o desenvolvimento:

Piaget estudou o desenvolvimento cognitivo da criança e, segundo este autor, a inteligência constrói-se progressivamente ao longo do tempo, por estádios ou etapas constantes e sequenciais.
Defende uma posição construtivista/interaccionista: as estruturas do pensamento são produto de uma construção contínua do sujeito que age e interage com o meio, tendo um papel activo no seu próprio desenvolvimento cognitivo.
Partindo dos reflexos do bebé, herdados geneticamente, a criança vai construindo progressivamente estruturas mentais até atingir o pensamento formal. Assim, a inteligência é perspectivada como uma adaptação do indivíduo e das suas estruturas cognitivas ao meio. Esta adaptação assegura o equilíbrio entre o indivíduo e o meio através de dois mecanismos: assimilação e acomodação. É através da acomodação que o sujeito incorpora os elementos do meio nas estruturas mentais já existentes. Por sua vez, as estruturas mentais modificam-se em função das situações novas/novos dados que provêm do meio – acomodação.
Neste contexto surge-nos também a equilibração, mecanismo regulador da assimilação e acomodação que permite a adaptação do indivíduo ao meio, permitindo uma progressão no sentido de um pensamento cada vez mais complexo.
Factores de desenvolvimento:

1. Hereditariedade, maturação interna – a hereditariedade e maturação interna dos sistemas nervoso e endócrino, bem como o crescimento orgânico têm um papel importante no processo de desenvolvimento. Ainda que a maturação dependa fundamentalmente de factores genéticos, a estimulação do meio pode acelerar/retardar o processo de maturação;
2. Experiência física – a acção exercida sobre os objectos desenvolve a motricidade a criança propiciando o seu desenvolvimento intelectual;
3. Transmissão social – integrada na sociedade, a criança interage com o meio físico e social. Um meio mais estimulante favorecerá o seu desenvolvimento equilibrado. Contudo, o efeito de transmissão social, da educação, só tem resultado se houver uma assimilação activa do sujeito;
4. Equilibração – mecanismo regulador da assimilação e acomodação que permite a adaptação do indivíduo ao meio, permitindo uma progressão no sentido de um pensamento cada vez mais complexo.

Mapa Síntese do Módulo P2 -"Desenvolvimento Humano"

Competências Visadas:

Demonstrar compreender factores que influenciam o desenvolvimento do ser humano.
Revelar conhecimento do contributo de Piaget para o estudo do desenvolvimento humano.
Revelar conhecimento do contributo de Erikson para o estudo do desenvolvimento humano.
Demonstrar compreender cada uma das fases do ciclo de vida do ser humano.


Âmbito dos Conteúdos:

Desenvolvimento:
Conceito
Factores de influência: Hereditariedade; Meio envolvente; Dicotomia hereditariedade/meio; Importância dada por Piaget à experiência física no desenvolvimento.

Diferentes perspectivas do estudo do desenvolvimento humano:
Piaget e o desenvolvimento cognitivo: o construtivismo; os conceitos de assimilação, acomodação, equilibração e adaptação; os estádios.
Erikson e o desenvolvimento psicossocial: conceito de crise psicossocial; as oito idades.

O ciclo de vida do ser humano:
da concepção ao nascimento; a infância; a adolescência; a idade adulta; a velhice.


Filmes a Visionar:

Nell, de M. Apted, 1994. EUA: Polygram Films Enterteinment.

O filme retrata a história de uma mulher que foi criada à margem da sociedade. Poderá ser bastante útil para reflectir e debater todas as questões relacionadas com os factores que influenciam o desenvolvimento humano.

Módulo P2


Módulo S2 - O Desenvolvimento Humano

sábado, 24 de janeiro de 2009

Documento nº 2 - "Áreas de Investigação e de Aplicação da Psicologia" (Parte III)

Psicologia Social
A Psicologia social estuda as Interacções sociais entre os indivíduos, entre os indivíduos e os grupos e as dos grupos entre si. Procura analisar a influência social no comportamento e na construção da personalidade: a formação de atitu­des, preconceitos, estereótipos, padrões culturais, etc. Além disso, investiga os fenómenos ligados à dinâmica dos grupos restritos, como, por exemplo, os fenómenos de liderança, conformismo e obediência.
Na realidade somos, por natureza, seres sociais: nascemos incompletos e é na sociedade que construímos a nossa humanidade (aprendendo a falar, a pensar, a agir e a ser).



Psicologia do desenvolvimento

Esta importante área da Psicologia de investigação descreve e explica as transfor­mações quantitativas e qualitativas que vão ocorrendo nos indivíduos. As trans­formações quantitativas dizem respeito, fundamentalmente, ao crescimento físico. As qualitativas referem-se, sobretudo, aos aspectos afectivos e intelectuais da personalidade.

A Psicologia do desenvolvimento, como objecto de investigação científica, está associada ao período pós-darwinista, dado que, nos finais do século XIX, Darwin aprofundou a ideia de evolu­ção. Além disso, nos últimos 100 anos, multiplica­ram-se as concepções sobre a criança, o que levou a considerar o século XX como o «século da criança».

Nas últimas décadas, o conceito de desenvolvi­mento não abrange apenas o desenvolvimento infantil, terminando com o final do crescimento biológico ou «maturidade», mas aplica-se a todo o ciclo vital. O desenvolvimento dos indivíduos é, assim, uma mistura de maturação ou desenvol­vimento gradual e de mutação ou transformação brusca. O desenvolvimento é, portanto, um misto de evolução e revolução, de continuidade e de ruptura.
Uma característica geral do desenvolvimento é que ele é progressivo. Por exem­plo, o desenvolvimento das competências manuais obedece a uma sequência em que aumenta a precisão dos movimentos.
O desenvolvimento surge, assim, segundo os diferentes autores, associado à pre­dominância da maturação genética, à predominância de factores ambientais ou, mais frequentemente, como resultado da interacção entre os dois tipos de factores.

Documento nº 2 - "Áreas de Investigação e de Aplicação da Psicologia" (Parte II)


PSICOBIOLOGIA


Esta grande área da Psicologia teórica estuda as funções e actividades mentais e comportamentais, nas suas relações com os processos biológicos. De facto, todos os processos cognitivos, como a memória ou a inteligência, os movimentos e actividades que realizamos para falar, ler ou escrever envolvem órgãos com uma dada forma, especialmente um cérebro com certas características de funcionamento, além dos músculos e meios de transmissão nervosa. Também os proces­sos emocionais implicam a activação de diferentes processos orgânicos.
Assim, a Psicobiologia relaciona-se com a genética, que estuda os fundamentos da formação e transmissão de características no indivíduo (comportamento e per­sonalidade) e na espécie. Relaciona-se com a (do grego morfos), que estuda a influência da forma do corpo no comportamento dos indivíduos; com a fisiologia que estuda o funcionamento dos órgãos do corpo e com a neuropsicologia, entre outras.

A neuropsicologia analisa os mecanismos biológicos do sistema nervoso que estão subjacentes a todos os nossos comportamentos e processos mentais. Recentemente, o desenvolvimento tecnológico dos meios de observação do sistema nervoso como, por exemplo, a tomografia axial computorizada (TAC), a ressonância magnética (RM) ou o electroencefalograma (ECG), provocaram um grande desenvolvi­mento na neuropsicologia. Actualmente, mesmo as minúsculas células nervosas – os neurónios – são observáveis através de microscópios electrónicos.